Como aumentar a produtividade na hora de revisar textos?

Você já “se perdeu” durante uma revisão de textos? Ou não soube por onde começar? Hoje, quero dar dicas de como aumentar a sua produtividade na hora de revisar textos. 

Como falamos no artigo anterior, ninguém precisa ser um expert para aprimorar o seu próprio texto. 

Papeizinhos, silêncio e organização são peças chave de um texto bem-sucedido. E por acaso você já conhece as funcionalidades do VOLP? 

Recursos simples, que a cada dia entram mais na rotina de um estudante, têm mudado o final de um texto. E qual é esse final? 

Acompanhe nosso artigo e descubra como levar a um final feliz… 

Para que você entenda bem como revisar textos, vamos dividir o artigo em três partes principais.

“Tutorial para revisão de textos” com importantes dicas e ferramentas essenciais; “Questões de estilo”, com infalíveis orientações – para nunca mais esquecer – e que vão lapidar seu texto; e nossas “Dicas (de ouro) de português”, que com certeza o ajudarão a corrigir as pequenas falhas do dia a dia.

Agora pegue papel e caneta, anote nossas dicas e arrase no seu próximo texto! 😉

Dicas essenciais para revisar textos

Encontre (e prepare) o local certo para estudar

Se você está planejando revisar um texto mas não sabe por onde começar, considere escolhendo e preparando o local certo de estudos.

Sabe aquele ambiente turbulento, cheio de gente e com muitos ruídos? 

Na maioria das vezes, ele não favorece em nada a leitura, a revisão e a produtividade acadêmica do seu texto e dos seus estudos.

Então, que tal, antes de começar a revisar textos de trabalhos científicos, você organizar e preparar o seu ambiente de estudos?

Escolha um local calmo, silencioso, limpo e, de preferência, sem interferências externas. 

Isso parece óbvio, mas a maioria das pessoas não percebe que o seu redor pode estar comprometendo seu rendimento.

 E ter concentração na hora de executar as tarefas é fundamental. 

Por isso preste atenção onde você está produzindo. Seu rendimento será muito melhor e suas ideias serão colocadas no papel de forma relevante e de maneira muito mais fluida!

Post-its são grandes aliados na revisão de textos!

Sabe aqueles papeizinhos coloridos que a gente brincava na infância para passar recado aos amigos? 

Então, hoje eles podem ser grandes aliados para ajudar você a se organizar na preparação de seu texto. Sim! Estamos falando dos famosos post-its, que tomaram conta do universo empresarial e estudantil para auxiliar nas tarefas e estudos!

Um recurso simples que a cada dia entra mais na rotina de um estudante.

Para os trabalhos acadêmicos, os post-its servem para que você anote os erros que costuma ter mais dificuldade. 

Marque sempre suas dúvidas e coisas para revisar depois, espalhe os post-its em diversos locais para poder visualizá-los sempre.

Tente sempre colocar as informações de maneira sucinta, com frases curtas ou palavras-chave, mas que façam você pensar e resolver as pendências. Para anotações mais extensas, use e abuse dos blocos de notas – no celular ou no papel. 

Assim, com esses pequenos escritos, você consegue acompanhar seu próprio progresso, verificando o quanto já fez e o quanto ainda falta para fazer.

Dica de escrita: você sabe o que é VOLP? 

Na hora de escrever e revisar trabalhos científicos, como o projeto de pesquisa, baixe ou consulte o VOLP!

Para quem não conhece, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) é um sistema de busca que possibilita que pesquisadores e o público em geral tenham acesso a um material completo.

Esse material contém 381.000 verbetes com as respectivas classificações gramaticais e outras informações conforme descrito no Acordo Ortográfico. Atualmente encontra-se em sua quinta edição (2009).

Para facilitar a nossa vida e aumentar a nossa produtividade acadêmica, a Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou um aplicativo gratuito de consulta do VOLP, com a ortografia oficial da língua, tanto para tablets como para celulares.

Um dos recursos mais interessantes do aplicativo é o de se autocompletar (o que facilita a digitação em telas pequenas). Outro recurso é a regulagem do tamanho da fonte (para telas pequenas e pessoas com dificuldade na leitura).

Interessou-se pelo VOLP? Então, faça agora o download do app para iOS ou do app para Android.

Questão de estilo: fundamental para revisar

Eco, eco, eco….

Você já ouviu falar de eco? Nos melhores dicionários, este termo aparece como “som repetido”. Verdade! 

Esta é sua definição, mas nesse contexto o eco vai além: trata-se do emprego de muitas palavras com a mesma terminação (escrita ou sonora) muito próximas umas das outras. 

Quando há repetição de determinado som no final das palavras, tem-se o eco. 

Vale destacar que em poesias ou em obras de ficção, não há nenhum problema, mas o eco deve ser evitado em textos acadêmicos e de não ficção.

Por exemplo: O capitão fechou o portão e, com o coração na mão, enfrentou o valentão.

Este exemplo, trata de poesia, portanto não há nenhum problema na sua utilização. Mas já imaginou estes mesmos sons em seu trabalho científico? 

Cacofonia

A leitura de um texto sempre deve ser agradável para o leitor, não é mesmo? Assim, ao pensar em como revisar seus textos, lembre-se de que a cacofonia também deve ser evitada. 

Trata-se do som ou palavra desagradável formado pela junção das sílabas finais de uma palavra com as sílabas iniciais de outra. Seguem algumas expressões que devem ser evitadas:

por cada

ela tinha

fé demais

uma mão

uma minha

Dicas rápidas (de ouro) de português

Siglas

Nos dias atuais, qual texto não fica repleto de siglas, não é verdade? Em vista disso, a sua correta utilização é fundamental para aumentar a sua produtividade acadêmica.

As famosas siglas nada mais são do que um conjunto de letras iniciais que compõe o nome de uma organização, instituição, programa, entre outros. Pronto para saber mais? 

  1. Primeira menção

A palavra deve aparecer sempre por extenso com as iniciais em maiúsculas, seguida da sigla entre parênteses. Posteriormente, quando o termo aparecer no texto, ele pode ser escrito utilizando-se apenas a sigla. Ex: Organização das Nações Unidas (ONU).

  1. Plural

Deve-se adicionar a letra s (sempre minúscula e sem apóstrofo) para indicar o plural das siglas.

Ex: As TICs contribuem para a expansão da EaD.

  1. Siglas com até três letras

Normalmente grafadas com todas as letras em maiúsculas.

Ex: OAB, ILB, DRU, CPI, USP.

  1. Siglas com mais de três letras – pronunciáveis

Sendo as palavras pronunciáveis, devem ser grafadas em caixa alta e baixa.

Ex: Cerfead, Udesc, Ibama, Proforbas.

  1. Siglas com mais de três letras – não pronunciáveis

Aquelas não formem palavras pronunciáveis, devem ser grafadas em caixa alta. Ex: IBGE, IPTU, INSS.

  1. Exceções

Algumas siglas têm características diferentes, e que devem ser respeitadas. Essa situação geralmente se dá para diferenciação de ação ou organização. 

Ex: UnB, CNPq, MinC, MoMA.

Números! Em algarismos ou por extenso?

São inúmeros os casos em que utilizamos números nos textos: horas, idade, quantidade etc. E sempre fica aquela dúvida: escrevo por extenso ou coloco em algarismo? 

Dessa forma, listamos alguns casos para serem utilizados em livros de não ficção e demais obras e trabalhos, lembrando que o estilo da escrita às vezes pode ter algumas variantes dependendo da instituição, empresa, organização para a qual estamos escrevendo.

Instruções gerais, quantidades e intervalo de tempo

De acordo com diversos manuais, temos um denominador comum: de um a dez, escreva por extenso; a partir de 11, sempre em algarismos. Exceção: cem e mil

Passaram-se cinco anos.

Passaram-se 21 anos.

Tenho 35 carros importados.

Início de frase

Lembre-se que em início de frase, todos os números devem ficar por extenso. Os séculos, de preferência, devem ser grafados com algarismos romanos.

Dezoito pessoas feriram-se no acidente.

Enumerações

Nas enumerações, ou seja, algum trecho com vários números, eles podem ser todos grafados em algarismos.

Eram 3 instituições, 15 escolas e 42 professores.

Idade

Sempre em algarismos.

Ele tem 2 meses.

Ele tem 42 anos.

Medidas

Em algarismos, sem abreviar a unidade de medida.

A sala tem 2 metros. 

A casa tem 72 metros quadrados.

Porcentagens

Elas podem ser usadas tanto com a utilização do símbolo como por extenso. Mas o importante aqui é adotar um único padrão no texto todo: 

Inflação de 42%

Inflação de 42 por cento.

Horário

Utilize sempre os algarismos e lembre-se que a abreviação de horas é somente “h” – não existe “hs” ou “hrs” ¬– e não é necessário colocar o “min”, a não ser que ainda sejam acrescentados os segundos.

Às 19 horas e 30 minutos (ou 19h30)

Às 20 horas (ou 20h) 

Clichês estão (e continuam) tão fora de moda! 

Continuando nossa lista, ao revisar textos, seguem mais alguns clichês que podem ser retirados (ou pelo menos evitados) da sua lista de expressões.

  • De mão beijada
  • Divisor de águas
  • Do Oiapoque ao Chuí
  • Efeito dominó
  • Em petição de miséria
  • Em sã consciência
  • Erro gritante
  • Estar no páreo
  • Faca de dois gumes
  • Fazer das tripas coração

Viu só? Pequenas dicas farão com seu texto fique cada dia melhor e sua produtividade cresça cada vez mais!

Ajude a disseminar esse conhecimento compartilhando este conteúdo com seus colegas em suas redes sociais e fique por dentro dos próximos posts!

Referências:

  • AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo, Publifolha, 2012, p. 511.
  • BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

Revisão de texto: dicas preciosas para uma escrita de qualidade

Você sabia que uma boa noite de sono é o primeiro passo para que sua revisão de texto saia do jeitinho que você quer?

Ninguém precisa ser um expert para conseguir melhorar seu próprio trabalho.

Pequenas atitudes podem fazer com que a sua pesquisa mude de cara!

Professores, estudantes e acadêmicos produzem diversos conteúdos diariamente, mas a falta de atenção pode comprometer desde os pequenos detalhes até a revisão final do texto.

Lembre-se de que o objetivo é construir um texto que flua sem engasgos.

Para te ajudar, listamos aqui dicas incríveis para que você consiga revisar seu próprio texto e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de sua escrita.

Para isso, dividimos o artigo em 3 partes. Desta forma, você conseguirá absorver, com mais detalhes, o nosso conteúdo.

Na primeira etapa, faremos um “Tutorial para revisão de textos” com importantes dicas e ferramentas essenciais para auxiliar a revisar seu texto.

Na segunda parte, infalíveis orientações – para nunca mais esquecer – que vão lapidar seu texto e que denominamos “Questões de estilo”. A cada dia, uma novidade!

E, finalmente, nossas “Dicas (de ouro) de português”, que com certeza ajudarão, e muito, a corrigir as pequenas falhas do dia a dia. Vale a pena conferir! 😉

Fique com a gente e uma ótima leitura!

Tutorial para revisão de texto

Saúde é tudo!

O primeiro ponto para uma boa leitura e uma ótima revisão de textos é saber como estamos nos sentindo naquele dia.

Então, antes de começar a reler o seu trabalho ou a revisar seu próprio texto, pergunte a si mesmo: como estou me sentindo? Estou descansado? Meu dia foi bom hoje? Minha alimentação está ok?

Se a sua resposta foi “não”, pelo menos para boa parte desses questionamentos, nem adianta começar a revisão de texto, pois é muito provável que várias lacunas deixem de ser sanadas.

Você vai acabar gastando um tempo precioso e, mesmo assim, é bem possível que diversos “errinhos” acabem passando.

Então, que tal cuidar da sua saúde primeiro? Uma boa refeição e uma noite bem dormida farão sua mente descansar (e seu texto também)!

Corretores ortográficos são grandes aliados!

Para evitar aqueles erros “bobos”, nada como o bom e velho corretor ortográfico!

Listamos aqui alguns muito funcionais no dia a dia e que podem te ajudar a encontrar desde os erros mais simples até aqueles que acabam passando batido por nossos olhos.

  • O “famoso” Microsoft Word é essencial para a produção de textos em qualquer área. Além de várias funções para editar de textos, ele é bastante eficiente para corrigir erros ortográficos. Ele não é gratuito, porém pode vir instalado juntamente com o Windows.
  • Libre Office Writer é um eficiente corretor ortográfico que vai te ajudar com os documentos de qualquer natureza, desde teses a diagramas.
  • Reverso além de ótimo corretor, serve também como tradutor ou dicionário.
  • Flip 9 é uma ferramenta simples, porém eficiente. É gratuito mesmo que de forma mais limitada. A versão paga libera acesso completo aos seus recursos.
  • Language Tool tem suporte para mais de 20 idiomas, então é perfeito para estudantes. É claro que os eventuais erros ortográficos e gramaticais já estão inclusos no pacote e o melhor: é de graça!

Dicionários: muito mais do que uma compilação de palavras!

A internet hoje disponibiliza dicionários gratuitos incríveis! Servem tanto para uma consulta rápida, evitar um vício de linguagem, como para verificar a ortografia correta da língua. Vamos a eles:

Anotado?

Coesão X Coerência

Você já deve ter escutado diversas vezes os termos coesão e coerência, não é mesmo?

Mas, na prática, qual a diferença entre eles?

Descubra como estes dois termos podem te ajudar na hora da revisão de seu texto.

De forma bem sucinta, vamos colocar uma descrição para você nunca mais esquecer!

Coesão

É o sentido de cada uma das frases dentro de um parágrafo.

É a “costura” do texto. É importante manter o raciocínio e os conectivos para que as sentenças façam sentido e se estabeleça a ligação e a retomada entre o que foi dito, o que está sendo dito e o que se vai dizer.

Quando a coesão é bem-feita, o texto flui, e o leitor não precisa voltar para entender a mensagem.

Coerência

Trata-se do sentido do texto como um todo, formando-se uma cadeia de ideias.

É o entrelaçamento lógico entre as partes do texto.

Refere-se ao nexo de ideias e acontecimentos que devem ser ordenadas de maneira clara. O texto deve apresentar uma relação lógica e harmônica.

Leia seu texto com atenção e reveja: as frases estão conexas? O texto está fluindo? Há uma sequência lógica? Alguma parte está solta ou sem sentido?

Amigos são sempre bem-vindos!

Um amigo ou familiar pode (e deve!) ler seu texto e apontar as principais questões que podem ser melhoradas ou aperfeiçoadas.

Não subestime a opinião dos outros! Aprenda a escutar e fazer com que os feedbacks enriqueçam o seu trabalho.

Se preferir uma revisão com qualidade profissional, existem excelentes revisoresespecializados que poderão te auxiliar nesta etapa fundamental.

Agora, se você for bastante minucioso, seu texto também pode passar pelas 2 etapas de revisão: primeiro por um amigo e depois por um revisor.

Com certeza seu trabalho ficará impecável!

Questão de estilo

Como comentamos anteriormente, esta parte é dedicada a manter uma identidade do seu texto, assim, refinando-o com sugestões valiosas!

Com certeza as informações daqui também serão de grande proveito para a revisão de seu texto.

Acima e abaixo?

Principalmente em trabalhos acadêmicos, a sugestão é evitar estes termos em alguns momentos.

Imagine que você coloca uma tabela ou quadro em seu trabalho e, logo em seguida, a menciona em seu texto. Porém, por questões de formatação, ela encontra-se na página anterior.

Dessa forma, o texto que fala da tabela ficou em uma página e a tabela em outra. O texto acabou ficando da seguinte forma: “De acordo com a tabela acima…”.

Mas, acima de onde se a tabela está na página anterior? O mesmo ocorre quando estiver “abaixo”.

Para evitar esse tipo de equívoco, prefira usar outros termos como: anteriormente, previamente, a seguir, seguinte etc.

Nosso vocabulário é muito rico e extenso, não é mesmo?

Desta forma, não esqueça e substitua:

🠶 Acima por “anterior”

🠶 Abaixo por “a seguir”

Seu texto agradece!

Itálico

Hoje abordaremos o bom e velho Itálico! Coloco ou não? Serve também para destacar palavras? Continue a leitura e tire todas as suas dúvidas!

O itálico é utilizado apenas para palavras estrangeiras que não estejam incorporadas ao português na sua forma original e também para aquelas que precisem ser traduzidas ou explicadas.

Exemplos: Cluster, spread, subprime.

Em palavras de origem estrangeira utilizadas rotineiramente e perfeitamente compreendidas por quem usa a língua portuguesa não é necessário o uso do itálico.

Exemplos: mouse, on-line, software, hardware, smartphone, site, chat, e-mail, internet, design, marketing, shopping center.

Também não se deve utilizar itálico em nomes de instituições estrangeiras e em nomes próprios.

Exemplos:  Open University, George Clooney.

Viu como é fácil?

Dicas rápidas (de ouro) de português

Acentuação gráfica

Com o Novo Acordo Ortográfico, o que poucos sabem é que algumas palavras, geralmente provenientes do francês, admitem tanto o acento agudo quanto o acento circunflexo.

Sim! Existem casos facultativos! Hoje vamos conhecer um deles.

Palavras oxítonas terminadas em < e > tônico.

bebê bebé
bidê bidé
canapê canapé
crochê croché
caratê caraté
purê puré
rapê rapé

Clichês estão tão fora de moda!


“Antes de mais nada”
, toda a semana, citaremos alguns.

“A cada dia que passa”, eles empobrecem os textos de qualquer natureza. Dessa forma, evitem usá-los, pois vocês têm um “leque de opções”, não acham?

Brincadeiras à parte, segue a primeira lista que deve ser evitada, além desses três mencionados “anteriormente” (e não “acima” – se você leu nosso tópico anterior 😉 )

A todo vapor
A toque de caixa
Agradar a gregos e troianos
Ao apagar das luzes
Apostar todas as fichas
Botar a boca no trombone
Cair como uma luva
Chover no molhado

Viu só que com simples toques de revisão seu texto ficará bem mais limpo e alinhado?

Gostou desse texto? Então, compartilhe-o com seus amigos e curta nossa página no Facebook para ficar dentro de dicas sobre revisão, português e muito mais!

Este artigo foi produzido por Sheila Dystyler Ladeira, proprietária da Empresa Infoguelt e revisora de textos há 12 anos.

Referências:

  • AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2012. p. 100-101.
  • BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. p. 606.
  • FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 3. ed. São Paulo: Ática, 1995.

Fonte: https://blog.even3.com.br/revisao-de-texto-academico/

Trabalhos científicos: o que são, tipos e dicas de como escrevê-los

Trabalhos científicos estão na rotina de todo estudante, seja na escola seja na universidade. Em cursos de graduação ou de pós-graduação. É só parar para pensar. Provavelmente, algum dia, você já teve que ler um artigo científico, escrever uma resenha ou apresentar um pôster, certo?

Guia completo de regras ABNT para fazer um projeto de pesquisa

Uma das maiores queixas de qualquer estudante que realiza pesquisas de naturezas acadêmica ou científica é saber como formatar o seu projeto de pesquisa.

A elaboração de gêneros científicos requer uma padronização ou normatização que, no Brasil, segue o modelo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Normatizar um artigo, uma tese ou um projeto de pesquisa, por exemplo, é considerado por grande parte dos estudantes como a pior parte da elaboração de um projeto científico.

Requer paciência, tempo e, muitas vezes, um investimento financeiro (caso o aluno opte por contratar uma empresa ou pessoa especializada no assunto para formatar todo o trabalho).

Antes de tudo, que tal baixar um modelo já todo formatado nas Normas da ABNT? Assim, você foca no mais importante: o conteúdo do seu trabalho!

O que é ABNT?

ABNT

ABNT é uma associação privada, sem fins lucrativos, que foi fundada em 1940 e tem, por objetivo, a normalização técnica do Brasil.

Por ser uma entidade privada, a adequação de trabalhos acadêmicos e científicos, quanto às normas propostas pela ABNT, é facultativa e cabe à instituição de ensino decidir se irá adotá-la ou não.

Even3 selecionou, assim, algumas dicas importantes e fundamentais para a elaboração do seu projeto científico.

Pegue um caderno e as anote, pois elas facilitarão a sua vida no mundo (às vezes, assustador) da Iniciação Científica.

Mas calma! Você sabia que todo mundo tem capacidade de escrever artigos  e elaborar projetos científicos? A Royal Society, por exemplo, já publicou um artigo escrito por crianças!

O que é um projeto de pesquisa?

A ABNT define o projeto de pesquisa como “uma descrição da estrutura de um empreendimento a ser realizado”.

O projeto de pesquisa é, portanto, um documento que irá apresentar os planos para o desenvolvimento de possíveis atividades realizadas durante a pesquisa.

Atenção: ele não é a sua pesquisa final. Ele é uma planejamento do que você pretende desenvolver.

Logo, ainda não há espaço para considerações finais. Este é o momento de você formular hipóteses. A conclusão ou consideração final só é obtida ao final da pesquisa.

Sobre tamanhos de fonte do projeto de pesquisa

Antes de tudo, é preciso saber que a ABNT recomenda o uso de fonte tamanho 12 para todo o texto.

Entretanto, citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e tabelas devem ser digitadas em tamanho menor e uniforme.

Muitas vezes, o tamanho e o estilo da fonte do projeto de pesquisa ficam a critério da instituição de ensino.

Como fazer um projeto de pesquisa: a estrutura

Para facilitar o seu entendimento, reunimos as informações que você precisa saber sobre o modelo de projeto de pesquisa segundo a ABNT.

O projeto de pesquisa, de acordo com a NBR 15287 da ABNT, é composto por duas partes: a parte externa e a interna.

1. Parte Externa

A parte externa é composta por dois elementos: a capa e a lombada.

 a) Capa

O que poucos sabem é que este elemento externo do projeto de pesquisa é opcional. A capa contém informações de identificação do trabalho científico.

A capa deve apresentar, nesta ordem, os seguintes dados:

  • Nome da instituição de ensino/entidade para a qual o projeto deve ser submetido (se solicitarem) – costuma aparecer centralizado, em letras maiúsculas, no topo da página. Mas fica a critério do autor ou da Instituição de Ensino.
  • Nome(s) do(s) autor(es) – também fica a critério do autor.
  • Título do trabalho e subtítulo (se houver, precedido por dois pontos)
  • Número do volume: se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do respectivo volume;
  • Na parte inferior da página, a cidade e o ano da entrega do projeto de pesquisa.

b) Lombada

A lombada é um elemento opcional que também compõe a parte externa do projeto de pesquisa.

Geralmente, as lombadas são feitas por gráficas e não pelos estudantes. A lombada é solicitada por entidades que precisam do projeto impresso e em capa dura, por exemplo.

Para entender como funcionam as regras da ABNT para lombada, o ideal é procurar a NBR 1225.

2. Parte Interna

Para fazer um projeto de pesquisa, o estudante deve considerar os seguintes elementos internos:

Elementos pré-textuais

São elementos pré-textuais: folha de rosto, lista de ilustrações, lista de tabelas, lista de abreviaturas e de siglas, lista de símbolos e sumário. Veja os detalhes de cada tópico mais adiante.

a) Folha de rosto

Elemento obrigatório. Apresenta elementos mais específicos para a identificação do trabalho. Deve possuir as seguintes estruturas, nesta ordem:

  • Nome do(s) autor(es);
  • Título;
  • Subtítulo do trabalho (se houver);
  • número do volume, se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a especificação do respectivo volume;
  • Tipo de projeto de pesquisa e nome da instituição a qual será submetido;
  • Nome do orientador, coorientador e coordenador, se houver;
  • Na parte inferior da página, local e ano em que serão entregues o projeto de pesquisa.

b) Lista de ilustrações

É um elemento opcional. Deve conter todas as ilustrações apresentadas no decorrer do projeto sinalizadas com a sua localização (página).

Você deve adotar este modelo: “nome específico, travessão, título e respectivo número da folha ou página”.

Exemplo

Quadro 1 – Valores da carne bovina no Recife em julho de 2010………………………… 5

–> Listamos aqui algumas ferramentas e sites que podem ser extremamente valiosos para a sua pesquisa!

c) Lista de tabelas

Assim como a lista de ilustrações, a lista de tabelas também é opcional. Ela deve conter todas as tabelas apresentadas no decorrer do projeto.

Elas devem vir devidamente sinalizadas com a sua localização, ou seja, você deve indicar em que página aquela tabela aparece.

Veja um exemplo:

Tabela 1 – Perfil da população do Recife em 2009 ………………………………………………. 10

d) Lista de abreviaturas e siglas

Elemento opcional. Deve conter todas as siglas e abreviações, e seus respectivos significados, escritas em ordem alfabética.

Exemplo:

ABNT                  Associação Brasileira de Normas Técnicas

IBGE                   Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

e) Lista de Símbolos

Elemento opcional. Os símbolos – e os seus respectivos significados – devem ser listados na ordem em que aparecem no projeto.

É aqui que você deve introduzir, por exemplo, símbolos químicos e ordens de distância.

f) Sumário

Elemento obrigatório. É onde aparecem as divisões do trabalho, os capítulos e as seções. Você deve seguir algumas orientações ao elaborar o sumário do seu projeto de pesquisa:

  • Ele deve vir centralizado na página;
  • Ele é o último item pré-textual ;
  • Os elementos pré-textuais não devem aparecer no sumário;
  • Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas;
  • A numeração só é colocada a partir dos elementos textuais (ex. introdução, desenvolvimento e conclusão) em algarismos arábicos.

Elementos textuais

Introdução

A parte textual é composta por uma introdução. Nesta introdução, você deve trazer, claro, o tema do seu projeto de pesquisa.

Além de elementos como:

a) Problema de Pesquisa

Toda pesquisa científica, como foi dito anteriormente, parte da formulação de uma ou mais perguntas.

O problema de pesquisa tem que, essencialmente, ser uma pergunta.

Ele deve também cumprir algumas características:

  • Precisa ser empírico (ou seja, baseado na experiência e na observação e não em percepções pessoais);
  • Tem que ser preciso (nada de perguntas vagas);
  • Precisa ser delimitado a uma dimensão viável (quanto maior a dimensão da pesquisa, menor é a precisão das informações coletadas);
  • E, claro, o problema de pesquisa precisa ser solucionável.

b) Hipóteses

Segundo Gil (2009), hipótese é “a proposição testável que pode vir a ser a solução do problema”.

Nada mais é do que a suposição de coisas que podem responder ao problema de pesquisa.

Ao final do projeto de pesquisa, a hipótese deverá ser negada ou comprovada.

Objetivos

Os objetivos devem responder a pergunta “para quê?”

Devem ser claros e precisos e discriminados com verbos no infinitivo, que determinam ação.

Deve conter um objetivo geral (mais amplo, é o propósito geral da pesquisa) e objetivos específicos.

O objetivo é a meta do seu trabalho, é aonde o pesquisador quer chegar com a pesquisa.

Dica: use verbos como “descobrir, analisar, discutir, esclarecer, procurar, realizar, medir, produzir, localizar, diagnosticar, etc”.

Justificativa

A justificativa deve responder à pergunta: “por quê?”

Qual a importância da pesquisa nos âmbitos teórico, metodológico e/ou empírico?

Inclua fatores que determinaram a escolha do tema de estudo e das referências, por exemplo.

Referencial Teórico

É o que sustenta a pesquisa, uma vez que possui toda a fundamentação teórica.

Valorize os conhecimentos já produzidos pela humanidade ou por cientistas.

Deve incluir fontes provenientes de livros, pesquisa em internet ou em outros meios de informações disponíveis no mercado.

Metodologia

Deve constar todos os procedimentos que serão utilizados na pesquisa, como, por exemplo:

  • Tipo de pesquisa: é de natureza exploratória, descritiva ou explicativa? Descubra mais neste artigo: Entenda a diferença entre pesquisa exploratória, descritiva e explicativa
  • População e amostra: informações sobre o universo a ser estudado.
  • Coleta e análise de dados: quais as técnicas que serão utilizadas para coletar dados (questionários, entrevistas, observação, experimento…)? Descreva todas as informações obtidas de maneira clara e precisa.
  • Deve ser minuciosa e extremamente detalhada.

Recursos

Inclua na metodologia quais os equipamentos foram necessários para a realização da pesquisa. Descreva-os! (câmeras de vídeo, material de laboratório, cartazes…)

–> Você já conhece os 300 termos que vão ajudá-lo a construir uma dissertação de sucesso? Confira-os agora!

 Cronograma

Estabeleça metas e prazos. Refere-se ao “quando” da pesquisa.

Faça uma tabela que informe a atividade a ser realizada, o responsável e o dia que deverá ser feita a parte da pesquisa.

Elementos pós-textuais

Composto por referências, glossário, apêndice, anexo e índice. Veja os detalhes de cada tópico mais adiante.

a) Referências

É um elemento obrigatório. Refere-se à listagem em ordem alfabética de todas as fontes de pesquisa utilizadas durante a elaboração do projeto.

Podem ser utilizados livros, jornais, revistas, dicionários, internet, artigos científicos, entre outros.

Deve-se enfatizar que, para cada tipo de referência, há uma organização padrão determinada pela ABNT.

–> Aprenda aqui, de uma vez por todas, a montar as referências bibliográficas da sua pesquisa. 

b) Glossário

É um elemento opcional. Ele é uma lista com todas as palavras ou expressões técnicas ou de uso restrito que foram utilizadas ao longo do seu texto.

Lógico que, ao lado de cada palavra ou expressão, você precisa atribuir o significado dela, né?

c) Apêndice

O apêndice é um elemento opcional do projeto de pesquisa.

Ele compreende todo conteúdo que foi elaborado pelo próprio autor com o objetivo de melhorar a sua argumentação e facilitar a compreensão do projeto científico.

De acordo com a ABNT, a listagem deve aparecer da seguinte forma:

A palavra APÊNDICE (em letras maiúsculas) + letra do alfabeto (em ordem alfabética) + travessão + título da obra.

Exemplo:

APÊNDICE A – Avaliação de desempenho dos colaboradores da Even3

d) Anexos

Elemento opcional, com conteúdo e material elaborados por terceiros, que servem para embasar a pesquisa científica.

–> Você sabe qual o perfil dos mestres e doutores do Brasil? Analisando, com calma, uma pesquisa do CNPq, descobrimos dados impressionantes!

De acordo com a ABNT, a listagem de anexos deve aparecer da seguinte forma:

A palavra ANEXO (em letras maiúsculas) + letra do alfabeto (em ordem alfabética) + travessão + título da obra.

ANEXO A – Representação gráfica do uso da energia elétrica na Even341

e) Índice

Nem sempre o sumário é suficiente para localizar as informações de um projeto de pesquisa. Por isso, existe o índice.

O índice é um elemento pós-textual opcional que lista palavras ou frases importantes para o texto, indicando a página onde elas estão.

Pronto… Agora você tem todos os elementos de como fazer um projeto de pesquisa de acordo com as regras da ABNT.

Eu sei que a quantidade de dicas e normas é enorme, mas não se preocupe.

Com o tempo, a elaboração de projetos fica mais fácil e você consegue, de forma mais rápida e eficiente, elaborar um projeto científico de qualidade!

Acesse aqui as referências deste artigo

Fonte: https://blog.even3.com.br/projeto-de-pesquisa-e-abnt-guia-para-garantir-o-sucesso-da-sua-pesquisa/

100 sites indispensáveis para pesquisa científica e acadêmica

Ter uma lista de sites para pesquisa científica e ferramentas é essencial para quem está realizando trabalhos científicos ou acadêmicos.

Afinal,  procurar as informações no lugar certo faz toda a diferença na hora de construir um conteúdo rico, que vá agregar valor à sua pesquisa.

–> Precisa de ajuda para montar um projeto de pesquisa? Acesse aqui o guia completo das regras da ABNT para projetos de pesquisa!

Selecionamos abaixo 100 sites para pesquisa científica e ferramentas que todo estudante e pesquisador deveria conhecer!

Prepare a barra de favoritos, salve as ferramentas mais úteis para a sua pesquisa e aprimore o conteúdo de trabalhos científicos, como resumos e artigos científicos.

Obs.: Infelizmente a maioria dos sites para pesquisa científica estão em inglês, caso conheça alguma ferramenta em português, estamos abertos a sugestões nos comentários.

Os 100 principais sites para pesquisa científica

Livros e Periódicos

  • Bioline International: para publicações científicas; feita por cientistas de maneira colaborativa.
  • Directory of Open Access Journals: ache textos de alta qualidade em um diretório aberto com mais de 2 milhões de artigos.
  • Google Scholar: Ferramenta do Google específica para trabalhos científicos e acadêmicos. Nada melhor do que ter um dos melhores mecanismos de busca a sua disposição.
  • Google Books: pesquise um índice de livros do mundo inteiro, com várias opções gratuitas.
  • HighBeam Research: pesquise com vários tipos de filtros e ferramentas.
  • SpringerLink: publicações digitais, protocolos e livros sobre todo assunto possível.
  • Online Journals Search Engine: ferramenta de pesquisa científica poderosa em que você pode achar jornais, artigos, reportagens e livros científicos.
  • Open Library: encontre livros clássicos, e-Books e todo tipo de material gratuito. Você pode indicar textos para o site.
  • WorldCat: itens de 10 mil bibliotecas como livros, DVDs, CDs e artigos.

Negócios e Economia

  • BPubs: tenha acesso a publicações sobre negócios e mercado em uma ferramenta de busca especializada.
  • Corporate Information: perfeito para empresas de pesquisa.
  • DailyStocks: site para monitorar ações de mercado.
  • EconLit: acesse todo tipo de material de mais de 120 anos de literatura sobre economia mundial de 1886 a 1968.
  • EDGAR Search: sistema de pesquisa eletrônica com documentos e textos sobre investimento.
  • Inomics: economistas vão adorar este site com recursos que incluem empregos, cursos e conferências.
  • National Bureau of Economic Research: tenha acesso a grandes ferramentas na pesquisa sobre economia.
  • Research Papers in Economics: pesquisa em economia e ciências relacionadas. Artigos, livros e até softwares com mais de 1,2 milhões de resultados.
  • Virtual Library Labour History: esta biblioteca oferece conteúdo histórico sobre economia, negócios e muito mais.

História

  • American History Online: encontre coleções de materiais históricos digitais.
  • David Rumsey Historical Map Collection: mais de 30 mil imagens históricas que podem ser buscadas por palavra-chave.
  • Digital History: banco de dados digital histórico da Universidade de Houston com links para textos e todo tipo de material educacional sobre história.
  • Fold3: tenha acesso a um grande arquivo histórico militar com registros originais e memoriais.
  • Genesis: excelentes materiais sobre a história da mulher.
  • History and Politics Out Loud: pesquise registros importantes da história do mundo, principalmente material político em áudio.
  • History Engine: ferramenta colaborativa para educação em que os alunos aprendem história ao pesquisar, escrever e publicar artigos, criando uma grande coleção de textos sobre a história dos EUA que podem ser buscados por outros alunos.
  • Internet Ancient History Sourcebook: bom lugar para pesquisar sobre a origem humana com textos completos sobre antigas civilizações como Mesopotâmia e Roma, além da origem cristã.
  • Internet Modern History Sourcebook: milhares de materiais sobre história moderna.
  • Library of Anglo-American Culture and History: guia histórico da Biblioteca Anglo-Americana de Cultura e História.

Ciências Sociais

  • Anthropological Index Online: pesquisa em mais de 4 mil periódicos da Biblioteca do Museu de Antropologia Britânico, assim como filmes do Instituto Royal de Antropologia.
  • Anthropology Review Database: banco de dados com resenhas e vários outros materiais sobre antropologia.
  • Behavioral Brain Science Archive: extenso arquivo para pesquisa sobre artigos de ciência do cérebro e psicologia.
  • Encyclopedia of Psychology: informações básicas ou não, traduzidas para o inglês sobre carreiras na psicologia, organizações, publicações, pessoas e história.
  • Ethnologue: pesquise por todo tipo de línguas e linguagens do mundo com enciclopédia de referências de todas as palavras conhecidas dos idiomas ainda existentes.
  • Political Information: ferramenta de busca sobre política com mais de 5 mil sites cuidadosamente escolhidos.
  • Psycline: localizador de artigos e textos sobre psicologia e ciências sociais.
  • Social Science Research Network: grande variedade de artigos sobre ciências sociais de fontes especializadas.
  • SocioSite: site feito pela Universidade de Amsterdã  com material de assunto sociológico incluindo ativismo, cultura, paz e racismo.
  • The SocioWeb: guia para todo tipo de material sociológico que possa ser encontrado na internet.
  • WikiArt: acesso livre a artigos sobre arqueologia.

Ciências

  • Athenus: autoridade em ciência e engenharia na web.
  • CERN Document Server: esta organização de pesquisa nuclear disponibiliza um grande diretório com experimentos, arquivos, artigos, livros e apresentações de seu acervo.
  • Chem BioFinder: tudo sobre química, incluindo propriedades e reações.
  • Science.gov: neste portal da ciência feito pelo governo norte americano, você pode pesquisas em mais de 50 bancos de dados e 2100 sites selecionados de 12 agências federais.
  • Strategian: encontre informações de qualidade em todas as áreas da ciência como livros completos, jornais, revistas e muito mais.
  • WorldWideScience: mostra excelentes resultados na pesquisa de ciências e até em bancos de dados específicos.

Matemática e Tecnologia

  • CiteSeerX: através deste site você tem acesso à Biblioteca Digital de Pesquisa Científica.
  • Current Index to Statistics: índice bibliográfico com publicações sobre estatística, probabilidade e áreas correlatas.
  • Inspec: banco de dados feito para cientistas e engenheiros pelo Instituto de Engenharia e Tecnologia. São mais de 13 milhões de resultados na busca por física e engenharia.
  • MathGuide: encontre diversas fontes de informação sobre matemática.
  • Math WebSearch: neste site você pode fazer uma busca por números e fórmulas, além de textos.
  • The Collection of Computer Science Bibliographies: mais de 3 milhões de referências em artigos, textos, jornais e relatórios técnicos de ciências.
  • ZMATH Online Database: milhões de resultados de milhares de artigos sobre matemática desde 1826.

Bancos de Dados e Arquivos

Geral

  • Digital Library of the Commons Repository: encontre literatura do mundo inteiro incluindo acesso gratuito a textos, artigos e dissertações.
  • Dogpile: encontre o melhor das maiores ferramentas de busca com resultados do Google, Yahoo! e and Bing.
  • Google Correlate: permite encontrar pesquisas que se relacionam com dados da vida real.
  • Infomine: ferramenta incrível para encontrar recursos digitais educativos, principalmente em ciências.
  • iSEEK Education: ferramenta de pesquisa destinada a especialmente a estudantes, professores, administradores e tutores.
  • MetaCrawler: pesquisa ferramentas de pesquisa com resultados do Google, Yahoo! e Bing.
  • Microsoft Academic Search: oferece acesso a mais de 38 milhões de publicações com imagens, gráficos e outros tipos de recursos.
  • OAIster: ache milhões de recursos digitais de milhares de contribuintes, com acesso livre.
  • RefSeek: mais de 1 bilhão de documentos, sites livros, artigos, jornais sobre qualquer assunto.
  • Preply – plataforma onde você pode encontrar um professor de qualquer língua, disciplina escolar ou da faculdade e até mesmo tutor de preparação de testes.

Referências

Outros

  • Artcyclopedia: encontre tudo o que você precisa sobre arte em mais de 160 mil links e quase 3 mil sites.
  • Circumpolar Health Bibliographic Database: banco de dados com mais de 6 mil registros relacionado à saúde humana na região do círculo polar.
  • Education Resources Information Center: registros bibliográficos sobre literatura educativa.
  • Lexis: encontre material confiável e autorizado neste site.
  • MedlinePlus: serviço da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA com ferramenta de busca e dicionário para materiais cuidadosamente escolhidos sobre saúde.
  • PubMed: site da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA onde você encontra textos e artigos completos sobre medicina. São mais de 19 milhões disponíveis.

Para se construir um texto de qualidade é preciso, antes de tudo, muita leitura e entendimento dos gêneros científicos.

Fonte: https://blog.even3.com.br/principais-sites-para-pesquisa-cientifica/

Plágio acadêmico: o que é e como verificá-lo em minutos

Um tema bastante recorrente no mundo científico é o plágio acadêmico.

Neste artigo, você vai entender:

  • Segundo Ferreira (1999), plágio é assinar ou representar como sua a obra artística ou científica de outrem, é imitar o trabalho alheio.
  • Para Moraes (2004, p.95), plágio é uma imitação fraudulenta de uma obra, protegida pela lei autoral, ocorrendo um verdadeiro atentado aos direitos morais do autor: tanto à paternidade quanto à integridade de sua criação.

Em outras palavras, plágio acadêmico é qualquer cópia, seja ela parcial ou total, de algum conteúdo já existente, sem que os devidos créditos sejam dados ao autor.

A tecnologia, o contato entre pesquisadores e a facilidade de acesso às revistas científicas propiciaram um maior intercâmbio de informações. Mas também foram esses fatores que favoreceram práticas como o “roubo” de ideias.

Existem diversas formas de cometer plágio. Entre as práticas mais recorrentes, podemos destacar:

1 – Plágio Integral

É copiar, palavra por palavra, sem fazer alterações, uma obra ou um trecho dela e não apresentar a fonte original do texto.

2 – Paráfrase sem atribuir a fonte

Parafrasear (ou seja, falar a mesma coisa sendo que com outras palavras) a maior parte das ideias de um texto, sem acrescentar conteúdo próprio, também é plágio.

A paráfrase é muito utilizada por estudantes. Geralmente, algumas poucas palavras do texto original são alteradas, na tentativa de dificultar a identificação pelo avaliador, mas a ideia do texto é preservada.

3 – Dados de pesquisas (quantitativos e qualitativos) sem mencionar a fonte

É plágio o ato de apresentar dados de instituições, como o IBGE, a OMS, ou que foram apurados por outros pesquisadores e “esquecê-los” de mencionar no texto ou atribuí-los como próprios.

Uma prática bem comum e que, muitas vezes, fazemos sem perceber é colocar:

“Atualmente, 70 milhões de pessoas no mundo sofrem da doença X”.

Mas quem disse isso? Foi você quem apurou a informação ou esse dado estava em um livro, site ou em uma pesquisa divulgada por um grande órgão? É preciso atribuir a fonte! SEMPRE!

4 – Mosaico de plágios

É copiar trechos de diversas fontes, formando um mosaico, mas alterando pequenas frases ou palavras para disfarçar a cópia.

É pegar, por exemplo, pequenos trechos de monografias diversas, de autores muito ou pouco conhecidos, e uni-los como se fossem um conteúdo novo e seu.

5 – Ladrão de si mesmo

Acontece quando você mesmo toma emprestado seus próprios conteúdos, que já foram apresentados em situações anteriores.

Você pode, por exemplo, tê-lo apresentado no primeiro período da faculdade e, agora, o reutiliza também no quinto. Ou aproveita trechos do TCC para a pós-graduação.

6 – Cópia de imagens, fotografias, gráficos, desenhos e outros conteúdos visuais

Você encontra uma tabela em um livro que simplifica bastante aquilo que você quer explicar. Então, escaneia a imagem, colocando-a no seu trabalho.  Tudo certo, né? Errado! Você também precisa atribuir os créditos de conteúdos visuais

7 – Fontes inexistentes

É muito comum em redações de ENEM. Nesse caso, a pessoa inventa uma citação e a atribui a uma fonte qualquer, de influência na história ou em uma área social específica, por exemplo.

Na prática, o plágio traz problemas tanto para a instituição que publicou o trabalho plagiado como para o pesquisador que cometeu o ato.

Então, é preciso muito cuidado na hora de avaliar os trabalhos submetidos em seu evento.

Escolher uma boa banca avaliadora, que seja cuidadosa e que tenha experiência na área, faz toda a diferença no assunto plágio.

É comum que os avaliadores já saibam reconhecer plágios de imediato, afinal, é algo que adquirem com a prática.

Professores também costumam conhecer o estilo de escrita de seus alunos e sabem dizer quando aquele texto foi escrito por eles ou não.

No mundo acadêmico, a reputação de um pesquisador conta muito. Cometer plágio significa infringir a lei dos direitos autorais.

Logo, plágio é crime e o autor deve responder judicialmente pela cópia ilegal do trabalho de outrem.

A justiça brasileira utiliza formas de impedir esse tipo de apropriação autoral. Inclusive pode cassar o diploma do responsável pelo plágio.

Além de ser uma atitude desonesta e reprovável, a pessoa que comete plágio pode ter a submissão e aprovação de trabalhos em congressos, simpósios e outros eventos acadêmicos prejudicada. É natural: ninguém quer receber um pesquisador que tem um histórico de plágios no currículo no seu evento.

Afinal, as instituições responsáveis por publicar tais trabalhos, seja por meio de editoras ou revistas, se tornam conhecidas por “deixarem passar” esse tipo de fraude e acabam perdendo a autoridade.

Mas sempre foi assim?

O plágio em produções científicas e acadêmicas já existia na era pré Google, porém de uma forma mais discreta.

A dificuldade do acesso às informações tornava mais complicada tanto a utilização de ideias alheias quanto a identificação das cópias ilegais por parte dos avaliadores.

Com a maior parte do conteúdo impresso sendo transferido para as plataformas digitais, os pesquisadores conseguiram ter acesso a conteúdos que antes eram pouco conhecidos e difíceis de serem achados.

As universidades ainda não possuem regras padronizadas para a identificação e a punição em casos de plágio. acadêmico

Diversos professores continuam a apontar essa falha e diversos danos se acometem tanto para o pesquisador quanto para o orientador.

A utilização de conteúdos autorais sem a devida autorização deve ser punida, mas antes disso é preciso investir na prevenção.

Geralmente, nos primeiros artigos escritos quando ainda se é aluno, o autor costuma cometer o plágio acadêmico, mesmo sem que haja a intenção.

A prevenção é importante e deve ser estimulada. Para que no futuro, o pesquisador saiba produzir um conteúdo original, que contenha ideias próprias.

Para quem produz eventos, é preciso sempre estar atento nas publicações de artigos e também nas apresentações de pôsteres e painéis.

Garantir que os trabalhos aprovados e publicados no seu evento não tenham plágio acadêmico é uma forma de comprovar a autoridade e a relevância do seu evento.

Detectores de plágio que você precisa conhecer

Uma boa dica é utilizar a tecnologia na identificação dos plágios. Existem softwares completamente gratuitos, que fazem uma varredura por palavras e paráfrases que tenham sido utilizadas em outras obras.

Elegemos 4 detectores de plágio acadêmico fáceis de utilizar e que, com certeza, vão te ajudar a identificar cópias ilegais:

1 – Google

Sim, o próprio Google. Talvez seja essa a ferramenta mais acessível aos professores e avaliadores de artigos acadêmicos. Basta copiar trechos do texto do aluno e jogá-los no campo de busca.

O Google irá reconhecer as palavras e frases que já foram utilizadas em outras obras. Você pode acessar o suposto conteúdo original. E verificar se, de fato, o aluno usou de paráfrase, mosaico ou cópia integral daquele trecho.

2 – Turnitin

Como o próprio site diz, a Turnitin surgiu para “incentivar um ambiente de ensino onde os alunos se apropriam de suas idéias e produzem conteúdo original, um processo que os prepara para ter sucesso acadêmico e inovar além da sala de aula”.

Eles mostram, o quanto do documento do aluno se assemelha aos conteúdos dos  bancos de dados. Para que assim, os professores possam entender o quanto do documento não é original. A Turnitin diz ainda as fontes que o aluno utilizou para escrever o trabalho.

3 – CopySpider

O CopySpider é uma ferramenta gratuita que verifica, de forma precisa e ágil, documentos da internet que se assemelham ao trabalho apresentado pelo aluno.

4 – ACNP Software

ACNP Software funciona de duas formas distintas: ele realiza uma busca anti-plágio e tenta encontrar documentos semelhantes na internet e ainda rastreia códigos ( C++, Visual Basic, Delphi, Java e C#)  que foram copiados e colados da web.

Plágios em eventos: como proceder?

Muitos produtores de evento, não consideram a presença do plágio em produções científicas. Por mais que haja instruções específicas para a produção e formatação dos artigos.

Nenhum evento está isento do plágio acadêmico, seja por autores que agem de má fé ou de autores pouco informados.

Para evitar o plágio e não desqualificar o seu evento no meio científico, cabe ao corpo editorial e à comissão organizadora tanto a identificação quanto a punição para os autores.

Como a importância do tema no meio acadêmico brasileiro ainda não está de fato formalizada, cabe aos professores e coordenadores de eventos à fiscalização para que casos como esses não aconteçam.

Fonte: https://blog.even3.com.br/plagio-academico/

300 termos que irão ajudá-lo a escrever uma dissertação de sucesso

Uma dissertação bem redigida apresenta, necessariamente, uma boa articulação de ideias.

Para obtê-las, é necessário promover um encadeamento semântico e sintático entre as frases.

Ou seja, é preciso combinar significados e ideias por meio de mecanismos que liguem uma oração a outra. Tudo isso de forma que o texto final tenha sentido completo.

–> Quer elaborar um projeto de pesquisa e não sabe como? Confira aqui o guia das regras da ABNT para construção de um projeto de qualidade!

Tendo por base um levantamento elaborado por Otton Moacyr Garcia, em seu livro Comunicação em Prosa Moderna, listamos, então, os elementos de ligação – advérbios, locuções, conjunções e preposições – mais usuais para se construir uma dissertação científica de sucesso .

Referências e ferramentas de auxílio à pesquisa são essenciais para qualquer pesquisador e para quem está realizando trabalhos científicos ou acadêmicos.

Por isso, selecionamos, 100 sites sites indispensáveis à pesquisa científica e acadêmica.

Essas são dicas simples que podem melhorar a escrita científica e, consequentemente, a qualidade do seu texto!

Mas não se esqueça: para se construir um texto de qualidade é preciso, antes de tudo, muita leitura e entendimento dos gêneros científicos.

Fonte: https://blog.even3.com.br/termos-articular-ideias-dissertacao/

Como ordenar os autores em um trabalho científico?

Antes de falar da ordem dos autores, é válido saber o que é exatamente um artigo e qual sua finalidade.

Hoje, o número de artigos produzidos e a qualidade deles são fatores importantes que são observados para avaliar se esses profissionais são merecedores de benefícios, como promoções ou financiamento para seus projetos.

Infelizmente, existem muitas polêmicas relacionadas ao mérito e a autoria desses trabalhos. A inclusão indevida de autores ou a omissão deles são práticas comuns em todos os lugares de mundo. Muito disso ocorre simplesmente porque os pesquisadores não conhecem ou não respeitam a ética de autoria de trabalhos. Pensando nisso, montamos este post para você entender mais sobre o assunto e ficar atento.

Então, a ordem dos autores importa?

Na verdade, apesar de algumas medidas que foram tomadas para evitar o mérito homogêneo para todos os autores, a ordem dos autores de um artigo científico nem sempre segue um regra única.

Normalmente, a ordem dos nomes é um fator usado para avaliar a importância que cada autor teve no trabalho científico. Isso pode ser muito relevante em julgamentos como: aprovação de projetos de pesquisa, processos de promoção, concursos públicos (iniciação científica, projetos de PIBIC, avaliações dentro de algum departamento, universidade ou instituto), etc.

No Brasil, pelo menos, o sistema inclui também o segundo autor como peça importante. Por exemplo, para a bolsa produtividade, só contam artigos em que o pesquisador tiver sido primeiro, segundo ou ultimo autor.

Porém, isso não é regra. Apesar de hoje em dia ocorrer com menor frequência, é possível que as exigências editoriais ditem que o nome dos autores deve ser listado simplesmente em ordem alfabética, o que não diz respeito a contribuição de qualquer autor sobre o trabalho.

Em outros casos, como em muitos dos programas que existem de iniciação científica e até mesmo de pós-graduação, há a necessidade de que o primeiro nome listado na ordem dos autores seja o nome do aluno que irá apresentar o trabalho.

É de suma importância que os autores prestem atenção nas exigências, pois, submeter um trabalho com os nomes listados em ordem alfabética quando a convenção é listar os autores por ordem de importância pode ser muito prejudicial para os pesquisadores.

O esperado, para facilitar o julgamento, é que toda banca que irá avaliar o projeto esteja familiarizada com as convenções editorias e que também atue na mesma área de pesquisa do candidato.

Visto que quando a ordem exigida é a alfabética não há complicações, trouxemos algumas explicações sobre os principais pontos a serem observados quando a ordem convencionada é a de importância.

Então, como funciona a ordem de importância?

Antes de qualquer coisa, é necessário observar que qualquer trabalho, independente qual seja, tem um indivíduo que o idealizou, definiu seus objetivos e qual será o objeto a ser estudado, além dos métodos que serão empregados para essa pesquisa. Mesmo que este indivíduo não domine todos os métodos utilizados no trabalho ele deverá constar como autor principal, pois foi dele que partiu todo o desenvolvimento do artigo.

É importante ter em mente que o primeiro autor vai ser considerado o principal do artigo. Ele é interpretado como quem deu a maior contribuição para o trabalho e também quem escreveu a maior parte dele.

Mas nem sempre isso acontece. Muitos autores com grandes nomes, cedem a primeira posição para assistentes e bolsistas para que estes possam se tornar mais conhecidos no meio acadêmico e ficarem mais empolgados com o projeto.

A partir do segundo, a importância deles tende a diminuir conforme a posição na lista. Salientando que, a contribuição dada pelo segundo é menor ou igual que a do primeiro, a do terceiro é menor ou igual que a do segundo e assim vai.

Com exceção do último autor, ele pode assumir uma importância maior do que os citados acima dele. Orientadores geralmente são colocados por último. Nem sempre o orientador, mesmo que tenha tido uma participação relevante, precisa constar como autor do trabalho. Quando o orientador não estiver relatado como coautor do trabalho, sua colaboração deve necessariamente estar registrada nos agradecimentos.

Mas nem tudo é perfeito…

Infelizmente, com certa frequência, ocorre uma prática um tanto abusiva que é a inclusão do orientador ou chefe de pesquisa mesmo que ele não tenha dado nenhuma contribuição.

Principalmente na área de pós-graduação existem grandes conflitos sobre pôr o orientador como autor. Às vezes os alunos, principalmente os de doutorado precisam de tão pouca orientação que podem ser considerados como autores principais e únicos da pesquisa.

Quando o principal contribuinte e também quem realizou a maior parte da redação do manuscrito foi o líder ou orientador, ele é indicado como “corresponding author”.  O que significa que toda a responsabilidade com a revista científica e a submissão do trabalho é sua.

Muitas vezes, é difícil definir exatamente a contribuição que foi dada por cada pesquisador. Então, geralmente assume-se que o primeiro foi de fato o maior contribuinte e a ordem listada a seguir dos secundários não interfere tanto no produto final. 

Resumindo, pode-se dizer que a ordem indica  quem contribuiu e participou mais com a realização de um trabalho científico. Quando a ordem importa, em absolutamente todos os casos, ter o nome na primeira posição na ordem dos autores aumenta a responsabilidade do acadêmico em relação ao trabalho produzido. O relatório do CNPq determina na diretriz de número 19 do documento que:

“cabe ao primeiro autor e ao autor correspondente responsabilidade integral [sobre a veracidade e idoneidade do trabalho], e aos demais autores responsabilidade pelas suas contribuições individuais.”

Ou seja, todo pesquisador/acadêmico deve ter em mente que além de mérito e esforço, autoria significa responsabilidade.

Quem deve ser considerado autor?

A inclusão indevida de autores acontece com certa frequência. Muitas vezes colaboradores que não têm grandes participações acabam sendo incluídos por terem uma relação intima com o autor principal. Colegas, amigos, bolsistas e estagiários não tem o direito de serem considerados autores apenas devido a estas condições.

Este mal costume deve ser combatido e evitado utilizando regras claras de exigências de autorias desde o início do projeto até o seu fim. Cada área profissional terá seu código de autoria com suas exigências predefinidas. Geralmente, é considerado autor quem planeja, executa e escreve parte do projeto.

Exemplo de código de autoria

Para cada área do conhecimento regras específicas são determinadas. Por exemplo, foi criado em janeiro de 1978 em Vancouver, O International Committee of Medical Journal Editors. Ele tem como finalidade estabelecer alguns critérios comuns para a publicação de artigos científicos na área de saúde.

Até a edição de 1982, o comitê não havia estabelecido nenhuma exigência relacionada a autoria dos trabalhos, apenas a sua titulação. Em 88, o Professor Povl Riis, propôs algumas exigências para a caracterização da autoria.

Primeiramente, todas as pessoas devem estar qualificadas para serem categorizadas como autores. Cada um deve dar uma contribuição significativa para tomar responsabilidade pública pelo seu conteúdo. Essa contribuição é medida considerando os seguintes tópicos: 1 – concepção, planejamento, análise ou interpretação dos dados, 2 – redação do artigo ou sua revisão intelectual crítica, 3 – responsabilidade pela aprovação final para publicação.

Para um pesquisador ser incluso como autor, ele deve atender os três tópicos. Por exemplo, apenas parte da redação do artigo ou análise de dados não são suficientes para justificar a autoria. Os autores devem ter participado de forma cientificamente fundamental no trabalho, desde sua concepção até a sua divulgação. Qualquer outra contribuição deve ser apresentada e reconhecida separadamente  nos agradecimentos.

Segundo a Lei 9610/98, sobre a questão do Direito Autoral (5) , em seu Art. 15:

“A co-autoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome, pseudônimo ou sinal convencional for utilizada. § 1º Não se considera co-autor quem simplesmente auxiliou o autor na produção da obra literária, artística ou científica, revendo-a, atualizando-a, bem como fiscalizando ou dirigindo sua edição ou apresentação por qualquer meio”

No código de ética Profissional dos Psicólogos, tem um item que exige que os psicólogos na publicação e divulgação de trabalhos científicos mencionem as contribuições de caráter científico prestada pelos coautores. Quando estas contribuições não preenchem os critérios de autoria, esses outros colaboradores devem ser citados nos agradecimentos. As exigências de autoria são abordadas em diversos códigos de ética dos diferentes ramos da saúde, por exemplo:

No código de Ética Médica, em seu art 137, propõe que é proibido para o médico “publicar em seu nome trabalho científico do qual não tenha participado; atribuir-se autoria exclusiva de trabalho realizado por seus subordinados ou outros profissionais, mesmo quando executados sob sua orientação”

No de Ética Odontólogica, em seu art. 34, é registrado que “constitui infração ética: I – aproveitar-se de posição hierárquica para constar seu nome na co-autoria de obra científica”.

Em todos os ramos da ciência vão haver especificações relacionadas a autoria e a ordem dos autores em pesquisas científicas. Basta estar atento as exigências e critérios para se permanecer dentro da ética.

Fonte: https://blog.even3.com.br/ordem-dos-autores/

10 dicas de como construir uma carreira acadêmica de sucesso!

Para aqueles que desejam seguir uma carreira acadêmica, ter doutorado é a principal entrada para um mundo onde a reputação é tudo. Encontrar um grupo a qual você pertence no meio acadêmico pode ajudar estudantes a construir uma carreira acadêmica promissora.

Neste artigo, reunimos 10 dicas para pesquisadores iniciantes que querem seguir uma carreira no meio científico!

1. Escolha uma área e permaneça nela

A academia é um lugar onde a especialização é essencial. Escolher a especialidade guiará o resto da sua carreira. Hoje em dia, entender superficialmente de muitos assuntos reduz a probabilidade de estabelecer uma forte reputação em algo que você pode se aprofundar.

Claro que, inicialmente, é bom ter noção de um pouco de tudo, mas é importante não procrastinar por muito tempo. Escolha uma área de pesquisa científica e permaneça com sua escolha!

2. Escolha um grupo de pesquisadores e busque suporte na hora certa

Sua grande decisão é escolher o grupo de pesquisadores que você vai se juntar. Essa decisão fará você identificar alguns estudiosos como parte de sua tribo, e assim receber críticas e aprimorar seus conhecimentos.

Lembre-se, um grupo é como se fosse uma aliança para a vida, afinal, estamos falando de uma carreira acadêmica, não é?

A área específica que você escolher terá estruturas de suporte que podem crescer ao longo do tempo. Ou seja, haverá uma organização de membros, conferências anuais e algumas revistas que podem ser úteis.

Porém, o ideal é esperar e analisar com o tempo, várias vezes, para conhecer quem são os principais pesquisadores dessa área para, assim, participar de uma nova conferência e de um grupo de pesquisadores.

3. Construa sua marca durante a carreira acadêmica

Diante da concorrência acirrada pelo espaço na construção de uma carreira acadêmica, para ser ouvido e lembrado, você precisará ter algo que o diferencie dos demais.

Tente encontrar um aspecto diferencial! Talvez uma nova teoria se aplique a um problema antigo, talvez alguma outra característica diferente, ideia ou abordagem metodológica. Quando encontrar o que vai ser seu diferencial, promova essa ideia que faz parte de sua própria marca.

O sinal de uma reputação acadêmica brilhante é que os autores reconhecem você como a pessoa de referência em relação a determinado assunto.

Mas lembre-se de que, se você quiser ter um rosto sério, acadêmico, e uma identidade mais despreocupada ou irreverente online, pode ser útil mantê-los separados.

4. Seja voluntário cedo (e muitas vezes)

Como estudante de doutorado, é importante conhecer o seu lugar no mundo.

Em relação aos alunos de graduação, você está no topo. Mas, infelizmente, no mundo acadêmico, você está um pouco mais próximo do fundo da cadeia alimentar.

Você provavelmente precisará se voluntariar para fazer as tarefas que aqueles que estão acima de você costumavam fazer.

Que tal atuar como revisor? Você aproveita para treinar como oferecer feedbacks cuidadosos, informativos e de desenvolvimento. Para isso é importante saber como ler e compreender artigos científicos. Oferecer para presidir sessões de conferência, executar oficinas, organizar um evento e assim por diante. A dica é se fazer indispensável.

5. Construa seu portfólio

Todo aspirante a uma carreira acadêmica imagina um estado no futuro em que eles podem afirmar que existe uma extensa literatura secundária baseada em suas obras.

Lembre-se que os grandes um dia foram pequenos. Por isso, desde o início, pense em seu portfólio de trabalhos de domínio público. Seus artigos, capítulos de livros, apresentações de conferências e assim por diante precisam ser reunidos.

Participar de projetos como Bolsa PIBIC pode ser uma ótima opção para quem está iniciando uma carreira acadêmica! Além disso, você pode praticar a escrita de artigos para ir aprimorando sua metodologia.

Tenha como objetivo publicar nos lugares certos. Gerencie seu perfil no ResearchGateLinkedInGoogle ScholarTwitter e vários outros lugares onde outros pesquisadores vão procurar pelo seu trabalho.

Uma dica é participar de eventos acadêmicos que publiquem Anais, assim sua pesquisa pode fazer parte desta publicação e você pode registrar no seu Lattes.

6. Faça Networking

Nos estágios iniciais da sua carreira acadêmica, muitas coisas dependem da sua capacidade de construir relacionamentos.

Seja respeitoso, compreenda o valor das conversas que você está tendo, mas também frequente lugares do meio científico! Eventos podem ser uma ótima opção!

Acima de tudo, seja uma boa companhia. Ninguém gosta de um não-falante ou de alguém que fala demais.

7. Se inspire em outros pesquisadores de carreira acadêmica renomada

Uma dica é acompanhar pesquisadores de referência na sua área de pesquisa nas redes sociais. O Linkedin e o Twitter são ótimas redes sociais para relações entre pesquisadores. Vocês podem trocar informações, dicas e quem sabe se tornarem amigos?

8. Aprimore suas qualificações

Esse passo é muito importante. Você não pode apenas focar na carreira acadêmica e fazer o curso para dar aula em determinada matéria. Afinal, para se tornar um pesquisador de referência é preciso se diferenciar dos outros.

Uma dica é realizar, também, cursos de línguas estrangeiras, cursos de oratória ou qualquer outro curso que vai ajuda a aprimorar suas competências e qualificações.

9. Esteja sempre atualizado

Utilize ferramentas de pesquisa! Em diferentes fases do fluxo de pesquisa, existem ferramentas que podem fazer seu trabalho se tornar mais produtivo.

Dessa forma, você otimiza seu tempo e ainda consegue ter acesso a informações mais facilmente.

10. Seja paciente

As dicas anteriores irão te ajudar a trilhar seu caminho e construir uma carreira de sucesso. Mas, é importante lembrar que reputações levam tempo para construir, assim como os relacionamentos, conectividade e a credibilidade.

Aponte alto, ou você nunca chegará lá!

Gostou? Pronto para começar a trilhar uma carreira de sucesso? Se você já for um pesquisador de longa carreira, que tal deixar dicas nos comentários?

Fonte: https://blog.even3.com.br/como-construir-carreira-academica/

Tudo que você precisa saber para escrever e publicar artigos científicos

Para os que participam da ciência e da pesquisa, diariamente utilizam os artigos científicos como fonte de estudo e também como meio de publicação de seus trabalhos realizados.

Reunimos a aqui nesse artigo, que não é científico, tudo o que você precisa saber para se inserir sobre o tema.

Nada melhor do que começar pela definição, que é a primeira pergunta sobre o tema:

O que são artigos científicos?

Artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultados sucintos de uma pesquisa realizada de acordo com o método científico aceito por uma comunidade de pesquisadores. Por esse motivo, considera-se científico o artigo que foi submetido a exame por outros cientistas, que verificam as informações, os métodos e a precisão lógico-metodológica das conclusões ou resultados obtidos.

Em geral, é uma produção curta que dificilmente ultrapassa 20 páginas. Pode ser resultado de sínteses de trabalhos maiores ou elaborados em número de três ou quatro, em substituição às teses e dissertações; são desenvolvidos, nesses casos, sob a assistência de um orientador acadêmico. São submetidos às comissões e conselhos editoriais dos periódicos, que avaliam sua qualidade e decidem sobre sua relevância e adequação ao veículo.

Não sabe por onde começar? Reunimos dicas que vão te salvar!

A primeira vista parece difícil e com uma série de regras, mas para começar encontre sua área de pesquisa de interesse e que motive a realizar a sua pesquisa. Depois…

1) Conheça as diferenças entre os estilos

São 3 estilos: informal, jornalístico e acadêmico. Para isso, você precisa ler textos em que esses estilos apareçam.

Mas, para resumir, a escrita acadêmica é impessoal, a jornalística pretende chamar a atenção do leitor, e a informal usa linguagem coloquial (gírias, abreviações, etc).

2) Elimine palavras em excesso e torne a escrita mais objetiva

Como fazer isso? Coloque em prática o conceito de nominalização.

Nominalizar é transformar um verbo em um nome para remeter a algo já dito anteriormente.

Quer estas dicas em formato de livro digital? Basta baixar logo abaixo:

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3) Aprenda a diferença entre voz passiva e voz ativa

A definição mais simples de voz passiva é: tornar o sujeito de uma sentença o objeto de uma ação.

A voz ativa, por outro lado, tem um sujeito que pratica a ação sobre o objeto.

4) Leia artigos acadêmicos sobre o assunto que você vai escrever

Ler diferentes artigos da sua área de atuação vão te atualizar quanto às novidades acadêmicas, além de ser uma ótima forma de obter referências bibliográficas ou fontes de pesquisas.

Ao escrever um artigo preste atenção quanto ao uso da voz passiva. Esse tipo de escrita deve ser feito com equilíbrio, pois não é predominante no gênero acadêmico.

5) Consulte as normas técnicas da ABNT

As norma da ABNT são importantíssimas na hora de formatar seu artigo de forma adequada.

Alguns professores dão tanta importância a isso quanto dão ao texto em si. Se você pretende publicar o texto em alguma revista especializada, lembre-se de consultar a folha de estilos da mesma.

6) Preste atenção nas citações, notas de rodapé e referências bibliográficas

Plágio é a pior coisa que pode acontecer em relação a um texto desse tipo.

Não pense que citar alguém vai desmerecer seu texto, pelo contrário, citações servem para dar mais força aos seus argumentos.

7) Elimine o máximo de erros de gramática

Para isso você deve ler e reler o quanto for necessário. Erros de ortografia são inaceitáveis em artigos científicos. Lembre-se, também, de ter cuidado com a pontuação!

Estrutura dos artigos científicos

Dica: Use nosso modelo para artigos cientifícos já padronizado com as normas ABNT:

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Agora que sabemos o que é, vamos ao como é, abaixo listamos qual estrutura básicas os artigos científicos no geral obedecem, mas que podem haver pequenas variações:

Título

O título do trabalho deve ser o mais claro possível e deve permitir identificar o conteúdo do trabalho ou o tipo de informação que o(s) autor(es) pretende(m) discutir.

Identificação do(s) Autor(es)

O título é seguido do nome completo dos autores, sua qualificação profissional, a vinculação institucional ou a menção da instituição em que o trabalho foi realizado. O email do autor principal completa a identificação dos autores do trabalho.

Resumo

A parte que antecede o “corpo” do trabalho, consiste de um resumo do mesmo. O resumo deve conter os principais dados e as conclusões do trabalho. A maioria das publicações limita o resumo a um máximo de 250 palavras. Sua finalidade é permitir aos leitores conhecer o teor do trabalho sem precisar recorrer à sua leitura integral.

O resumo serve também para classificar o trabalho e disponibilizar o seu conteúdo pelas diversas publicações e mecanismos indexadores. Para favorecer a mais ampla divulgação do conteúdo do trabalho, muitas publicações solicitam que o resumo (Abstract) também seja apresentado em Inglês.

Introdução

A primeira parte do trabalho propriamente dito é a introdução. Esta deve ser clara e sucinta e deve descrever os objetivos do trabalho. Serve para introduzir o leitor ao tema da pesquisa, ao problema estudado, aos principais conceitos envolvidos e aos trabalhos já realizados até o momento.  Pode indicar os motivos que levaram o autor a escrever o trabalho e pode descrever algumas das informações já existentes sobre o mesmo assunto.

Estrutura básica:
– Antecedentes do problema.
– Descrição do problema.
– Trabalhos já realizados.
– Aplicabilidade e originalidade da pesquisa.
– Objetivo (problema de pesquisa).

Erros comuns:
– Orientação mais empírica que teórica.
– Introdução muito longa, incluindo trechos que poderiam ser melhor utilizados na discussão.
– Detalhes excessivos na descrição de estudos prévios.
– “Reinvenção da roda”, especialmente na primeira sentença ou parágrafo.
– Omissão de estudos diretamente relevantes.
– Terminologia confusa.
– Citações incorretas.

Material e Métodos

Nesta parte do trabalho, que segue a introdução, os autores descrevem o tipo e a quantidade das observações feitas, bem como os métodos empregados para a sua coleta, registro e avaliação.
Mediante a descrição minuciosa dos métodos usados, o autor informa os leitores sobre os detalhes da obtenção dos dados em que se baseia o trabalho. Os detalhes devem restringir-se ao que é relevante ao trabalho.

Estrutura básica:
– Local e condições experimentais.
– Delineamento e tratamentos.
– Controle das condições experimentais.
– Variáveis (avaliações).
– Análise estatística.

Erros comuns:
– Informação inadequada para avaliação ou replicação.
– Descrições detalhadas de métodos padronizados e publicados.
– Deixar de explicar análises estatísticas não usuais.
– Participantes muito heterogêneos.
– Medidas não validadas; de confiabilidade fraca ou desconhecida.

Resultados

Os resultados encontrados são relatados de uma forma organizada e sistematizada. Quando se estuda um grupo de casos ou de observações, os percentuais da ocorrência de cada observação também são relatados. A importância e o significado de certos resultados podem ser melhor avaliados pela análise estatística.

Estrutura básica:
– Resultados da análise estatística.
– Estatísticas descritivas (médias, desvio padrão e correlações)
– Estatísticas inferenciais
– Relatar a significância e a amplitude dos dados.
– Análises adicionais (usualmente post hoc).

Erros comuns:
– Tabelas e figuras complexas, incompreensíveis.
– Repetição dos dados no texto, nas tabelas e nas figuras.
– Não utilizar o mesmo estilo de redação da introdução e do material e métodos.
– Não apresentar os dados prometidos na seção material e métodos.
– Análise estatística inadequada ou inapropriada.

Discussão

Neste segmento do trabalho as observações de outros autores referentes ao tema do trabalho podem ser descritas, para comparação. Os resultados encontrados são detalhadamente discutidos e o seu significado é apontado. A discussão pode ser mais ou menos ampla, conforme o tema estudado.

Estrutura básica:
– Relacionar os resultados com as hipóteses.
– Interpretações: esperadas versus alternativas.
– Implicações teóricas, para a pesquisa e para a prática.
– Limitações do estudo: aproximação com o estudo ideal.
– Confiança estimada das conclusões.
– Explicitação de possíveis restrições para as conclusões.
– Identificação de procedimentos metodológicos pertinentes aos resultados.
– Recomendações para pesquisas futuras.

Erros comuns:
– Repetição da introdução.
– Repetição dos resultados.
– Discussão não baseada nos propósitos do estudo.
– Não esclarecer as implicações teóricas e práticas dos resultados.
– Discussão não baseada nos resultados.
– Hipóteses não discutidas explicitamente.
– Apresentação de novos dados.
– Repetição da revisão da literatura.
– Especulações não fundamentadas.
– Recomendações não baseadas nos resultados.

Conclusões

A análise dos resultados encontrados e o seu significado no contexto em que foram estudados levam às conclusões do trabalho. Esta seção deve ser bastante clara e concisa. Quando os resultados não forem inteiramente conclusivos, isto deve ser apontado.

Referências Bibliográficas

A última parte do trabalho é a coleção de referências bibliográficas efetivamente consultadas para o preparo e a elaboração do trabalho. Esta pode ser apresentada pela ordem de citação no texto ou pela ordem alfabética dos nomes do primeiro autor de cada referência.  Deve-ser adotar o padrão ABNT para citações e referências. Para saber mais sobre o tema, confira nosso post Regras ABNT para projetos e artigos.

Ferramentas e sites para encontrar artigos científicos

Quando trata-se de encontrar algo, nada melhor do que o Google, para nossa sorte eles também fizeram uma ferramenta voltada para pesquisa e ciência, o Google Scholar ou Google Acadêmico que é um bom ponto de partida para pesquisar sobre um tema ou artigos científicos de uma determinada área.

É muito importante que você saiba melhor a importância do Google Scholar para sua vida acadêmica. Para uma lista mais completa de ferramentas e sites você pode conferir a lista 100 sites indispensáveis de pesquisa científica e acadêmica

Critérios de avaliação de trabalhos científicos

Os avaliadores dos eventos, revistas e periódicos seguem uma linha geral de avaliação que é importante sempre atentar na hora de realizar as revisões finais do seu artigo:

  1. Relevância (enquadramento do artigo) – observe se o artigo produzido se adequa a publicação ou evento. É imporante uma pesquisa prévia de quais eventos e publicações mais se adequa ao seu artigo produzido.
  2. Originalidade – no geral os avaliadores são pessoas experientes que já possuem um vasto conhecimento na área para detectar se um trabalho produzido é original ou possui cópias demasiadas.
  3. Mérito técnico-científico – atentar para a clareza da metodologia científica aplicada e os resultados obtidos que sejam relevantes para a área de pesquisa.
  4. Apresentação (conteúdo com forma) – atentar para as normas e modelos estabelecidos pelo evento ou publicação. Desrespeitar as regras e formatos em muitos casos pode resultar na reprovação do artigo.
  5. Organização e legibilidade (readability) – uma boa escrita, comunicação e utilização de boas práticas e normas da área de pesquisa é essencial para que os avaliadores possam entender de forma clara o trabalho.
  6. Referências( normas adotadas, mais conhecida na área da saúde – estilo de Vancouver, com a citação das referências no texto na ordem numérica) – sempre que forem utilizadas referências para comparativos e direcionamento da pesquisa é obrigatório realizar a citação e ao final organizar a lista de referências utilizadas.Além dessa linha geral cada banca poderá ter seus próprios critérios específicos de avaliação, que no geral são discriminadas na chamada para submissão. Estudar esses critérios é a melhor forma de aumentar suas chances de publicação do artigo

Qualquer pessoa pode publicar artigos científicos?

Até mesmo crianças já realizaram publicações científicas sob orientação de um professor como mostramos em Royal Society publica artigo científico escrito por crianças.

Você pode publicar um artigo desde que seja aceito pelo congresso e/ou revista ao qual foi submetido. Na maioria das revistas acadêmicas o aluno de graduação e até mesmo do mestrado só pode submeter artigos em conjunto com o orientador. Já nos anais de eventos científicos o artigo não possui a necessidade de um orientador.

Assim como a presença do organizador se torna obrigatória a vinculação com uma universidade reconhecida pelo MEC é essencial para a publicação em periódicos acadêmicos, assim como em eventos científicos.

Grupos de pesquisa também podem publicar em conjunto, desde que sigam as regras estipuladas pela comissão avaliadora. Muitos eventos permitem a publicação de artigos por mais de 1 pessoa até no máximo 5. Já as revistas acadêmicas vão divergir de acordo com a coordenação.

Não importa a sua formação, mas a qualidade do trabalho! E quem decide isso é a comissão científica que analisa os trabalhos submetidos.

Dica do Youtube

O Prof. Douglas Sathler (UFVJM) criou um canal no Youtube, o canal Descomplicado.

Lá ele fala sobre artigos científicos, e como ele tem uma ampla experiência ele dá ótimas dicas sobre como iniciar a produção, ler e até mesmo como publicar um artigo científico.

Conheça mais sobre esse projeto: Como fazer um artigo científico? Por onde começar?

Onde publicar artigos científicos?

Os artigos normalmente são publicados em revistas científicas classificadas por área e podem ser nacionais ou internacionais. No Brasil, as revistas são classificadas pelo Qualis, que nada mais são que procedimentos utilizados pela Capes para avaliar a qualidade dessas publicações.

Quando for publicar, procure selecionar periódicos que se enquadrem ao tema abordado. Assim que escolher a revista em que pretende publicar, consulte as normas de publicação, normalmente disponível no site da revista, pois cada periódico tem suas regras.

Um opção muito para quem está começando é publicar o trabalho em congressos, simpósios, seminários e outros eventos da área, pois as regras normalmente são mais simples e as avaliações mais rápidas.

Fonte: https://blog.even3.com.br/artigos-cientificos/